Quantcast
Channel: Brasília – Anita Bem Criada
Viewing all articles
Browse latest Browse all 32

Viaje na Viagem! Essa é a ideia..

$
0
0

Este post, que seria mais um Diário de Anita, na verdade, vai ser mesmo um pouquinho diferente..

Bom, ao longo da vida, à medida em que ia crescendo e me conhecendo mais, pude concluir o quanto sou uma pessoa ligada às raízes. Ligada não. Arraigada! Acho que tenho realmente o umbigo ainda preso ao da minha mãe (leia-se: família).

Já morei fora algumas vezes (por exemplo, no Canadá), mas acho que durante a minha temporada em Brasília, que durou 6 anos, foi onde eu realmente percebi o quanto é importante estar perto da minha família, o quanto é importante resgatar raízes e a convivência.

Mas o mais engraçado disso tudo, ou paradoxo mesmo, é que desde muito nova eu sempre senti uma necessidade imensa de “voar”, de ir além. Comecei a andar com 8 pra 9 meses de vida, e daí não parei (diz Mamita!). Parece bem contraditório isso, eu sei, mas acho que depois de muito matutar, eu acabei encontrando algo que fizesse sentido e explicasse esta relação para mim.

Foi quando percebi que eu só me permito ir além, me entregar, “voar”, porque sei que vou voltar. Porque sei que o que mais amo e o que mais me importa estará ali, me esperando. Porque sei que posso ir, e tenho o apoio incondicional em todas as vezes que vou, mas que quando voltar a alegria e o aconchego serão os mesmos ou ainda maiores.

E essa tranquilidade me faz querer viajar com total entrega. Me faz querer me jogar, me colocar no lugar do outro, sentir os outros sentem, comer o que comem.. De todas as viagens que já fiz eu tenho uma memória visual (naturalmente), mas também dos cheiros, dos gostos, das músicas… É sempre muito marcante, bem vivido, sentido mesmo.. E está aí a diferença entre um viajante e um turista. Sei que não é consenso e há muitas discussões cercando o tema, mas definitivamente, o turista e o viajante viajam de forma muito diferente sim! Não estou dizendo aqui que um estilo é melhor que o outro, até porque, cada um tem um estilo, mas sim, que há diferenças.

E depois de muito viajar, ler (quem lê também viaja!) eu, sem nenhuma arrogância, acho que posso me incluir na lista dos viajantes. Pelo sim, pelo não, para não criar nenhuma confusão, não precisamos nos ater aos termos.

Fato é que nunca voltamos de uma viagem da mesma forma em que fomos! Isso é inegável!! E não tem nada mais estimulante para mim do que aumentar a minha bagagem (da vida!) viajando. Quando viajo baixo a guarda até com minhas próprias exigências. Fico mais solta, mais leve, mais aberta, mais atenta.. Acho que ouço mais, leio tudo que aparece à minha frente, presto atenção nas conversas alheias (sim, eu presto!).

Uma vez li numa destas revistas de avião que em todos os lugares que visitássemos, deveríamos comer uma comida típica e fazer um programa típico. Mas não como turistas, e sim como os nativos o fazem. E desde que li isto e passei a praticar, as experiências de viagem se tornaram ainda mais ricas. A primeira vez que coloquei isto em prática foi quando fiz um mochilão em 2007, com uma amiga (Oi, Lica!) e, durante um mês e meio, visitamos 6 países e 12 cidades na Europa! Em todas elas, seguimos à risco o “conselho” da revista. Foi MÁGICO!

Bom, esta minha viagem a Londres chegou ao fim com um gostinho imeeeeeeenso de quero mais! Optei por explorar Londres ao máximo que pude. Aliás, sempre preferi ficar e explorar o máximo possível um lugar do que visitar o máximo possível de lugares dentro do mesmo período.

Mas continuando, Londres é vibrante! É imensa! É gigante! É multicultural! Ali há de tudo e tudo pode! Os ingleses têm uma bagagem cultural absurda. A educação é prioridade e de fato isto era visível até quando se entrava no metrô. Aliás, uma coisa que me chamou muito a atenção foi o seguinte: da primeira vez que fui a Londres, há quase 8 anos, eu fiquei impressionada com a quantidade de pessoas lendo livros no metrô. Sei lá, mas arrisco dizer que 70 ou 80% das pessoas, no mínimo, liam no metrô. Tinha revista, jornal, mas a maioria lia aqueles livros grossos, muitos você via que eram emprestados de biblioteca mesmo! Um encanto!

Aí, ao chegar lá, desta última vez, e usando muito o metrô, naturalmente (Please, miiind the gap!), eu me decepcionei um pouco, pois vi que grande parte dos livros tinha sido trocada por celulares. Pensei: “Poxa, o mal da modernidade também chegou por aqui”. Um hábito tão arraigado, substituído pela tecnologia..

Qual não foi, porém, a minha alegria e grande surpresa ao perceber, dia após dia, que, na verdade, os celulares ou tablets eram apenas a forma mais moderna de.. ler livros! Sim, a grande maioria deles continuava lendo livros no metrô! Não apenas físicos, mas agora também, por meio de seus smartphones! Que alegria! Eu cheguei a arrepiar quando me dei conta disto e tive ainda a mais absoluta certeza de que tinha escolhido o lugar certo para a minha mais recente viagem/imersão.

Bom, eu poderia ficar aqui horas, dias ou meses falando sobre Londres. Mas não é o caso, embora eu esteja completamente aberta a dar dicas (e vou postar várias delas nos próximos dias, em posts específicos, inclusive – podem aguardar).

Mas, resumindo, Londres foi minha casa pelos últimos dois meses (praticamente) e eu já estou morrendo de saudade “de casa”. Foi lindo, foi mágico e foi surreal!

Como eu dei uma pausa no blog por aquele período, vocês não acompanharam o restante da viagem. Então vou mostrar um pouquinho pra vocês (para quem não acompanhou no instagram: @anitabemcriada, e fiz uma hashtag também: #anitahappylondon).

No Natal fomos para Edimburgo, capital da Escócia, e passamos quatro dias por lá. A decisão de passar o Natal em Edimburgo foi estratégia, já que nos dias 24 e 25 de dezembro Londres para literalmente. Nada funciona: lojas, restaurantes, metrô, transporte em geral, nada. E já sabia que em Edimburgo eu conseguiria fazer tudo ou quase tudo a pé/por conta própria. Então, para otimizar o aproveitamento nas duas cidades, adotamos esta estratégia. E olha, foi coisa de sonho! Não imaginei que fosse amar tanto aquele lugar. Edimburgo tem uma identidade própria muito forte, uma cidade realmente incrível e merece muitíssimo uma visita! Fomos de trem, partindo de Londres. A viagem dura quatro horas e é agradabilíssima. Eu, super exausta, pra variar, dormi em boa parte dela, mas ainda assim deu pra curtir um tanto! Durante estes quatro dias na cidade não utilizamos nenhum transporte (a não ser para o aeroporto). Visitei o Palácio HollyroodHouse, onde a Rainha da Inglaterra passa suas férias de verão, o castelo de Edimburgo (maaaaagnífico), ouvi muita gaita de fole pelas ruas, fui ao Christmas Market de Edimburgo, ao Calton Hill, patinei no gelo, visitamos o museu do whisky, fomos ao pub (com cara de Igreja) e ainda consegui encontrar minha amiga Junko Fukuda, que foi minha colega enquanto estudava em Londres. Um sonho de viagem!! FullSizeRenderFullSizeRender (2)FullSizeRender (7)FullSizeRender (1)FullSizeRender (5)FullSizeRender (6)FullSizeRender (8)FullSizeRender (9)FullSizeRender (4)Já em Amsterdam, tudo foi mais corridinho, mas nem por isso menos intenso. Inclusive conseguimos pegar um dia de neve por lá!! Era a minha segunda vez em Amsterdam. A ideia inicial era ficar apenas no Reino Unido. Mas o maridão queria ir, então adaptamos um pouco o roteiro. A cidade é lindíssima, pitoresca e um dos passeios que mais amei foi a visita à casa da Anne Frank. Gente, sem palavras.. muita emoção!! Valeu tanta espera na fila! Destaco também o Museu Van Gogh, que não consegui ir da outra vez que fui a Amsterdam, mas que é espetacular, e ainda deu para ir ao Gassan Diamond Factory.FullSizeRender (10)FullSizeRenderFullSizeRender (1)FullSizeRender (2)FullSizeRender (13) Retornando a Londres, passamos a virada e curtimos os últimos dias dessa viagem fantástica que eu nunca mais vou esquecer!! Deixo vocês aqui com os últimos registros que fiz de Londres.FullSizeRender (3)FullSizeRenderFullSizeRender (9)FullSizeRender (10)FullSizeRender (3)FullSizeRender (4)FullSizeRender (5)FullSizeRender (8)FullSizeRender (12)FullSizeRender (6)FullSizeRender (7)

FullSizeRender (11)
E, pra fechar, o “clichê” mais lindo de Londres, atráves do registro da Carla Costelini!FullSizeRender (2)

 


Viewing all articles
Browse latest Browse all 32